O aquecimento global médio do Brasil deve aumentar expressivamente nos próximos anos e ultrapassar a faixa de 1,5°C em comparação com a era pré-industrial. Esses dados foram divulgados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU), que destaca essa triste estatística.
Os dados ainda ressaltam a probabilidade de que, antes de 2030, o mundo possa registrar um ano com temperaturas 2°C mais altas do que na era pré-industrial, uma possibilidade que os cientistas consideram “chocante”.
O Serviço Meteorológico do Reino Unido apontou, em um relatório publicado pela OMM, que as previsões foram baseadas em análises de 10 centros internacionais.
Acabamos de viver os 10 anos mais quentes já registrados. Infelizmente, este relatório da OMM não apresenta indícios de que essa tendência irá mudar”, resumiu a secretária-geral adjunta da OMM, Ko Barrett.
Essa observação meteorológica sintetiza as projeções climáticas de longo prazo, indicando uma probabilidade de 70% em relação ao aquecimento médio quinquenal para 2025-2029.
O estudo também prevê que o aquecimento no Ártico continuará superando a média mundial nos próximos cinco anos. A concentração de gelo marinho deve diminuir nos mares de Barents, Bering e Okhotsk, enquanto o sul da Ásia deve continuar registrando precipitações acima da média. Também são esperadas condições mais úmidas no Sahel, no Norte da Europa, no Alasca e no Norte da Sibéria, e mais secas na bacia do Amazonas.