Ao notar que as pontas dos seus dedos estavam inchadas e que sua unha estava “gordinha”, o personal trainer Brian Gemmell, da Escócia, decidiu procurar um médico e acabou descobrindo um câncer de pulmão ainda em fase inicial.
“Pesquisei no Google o que poderia ter levado àquela mudança nas minhas unhas e percebi que podia ser um problema respiratório, por isso marquei a consulta”, declarou os escocês.
Os sintomas mais comuns da doença são falta de ar, tosse ou dor no peito e nehuma destes sintomas se manifestaram n,o paciente. O único indício de que algo estava errado era o que especialistas chamam de baqueteamento digital, que é o alargamento das pontas dos dedos e da base das unhas.
O baqueteamento digital se desenvolve em estágios. Primeiro, a base da unha amolece. Depois, a pele ao redor da base se torna brilhante e as unhas começam a se curvar excessivamente. Por fim, os dedos adquirem uma aparência mais inchada.
Essa deformação que afeta os dedos e as unhas é geralmente associada a doenças que causam falta de oxigênio crônica no sangue e este sintoma está presente em cerca de 35% dos pacientes com câncer de pulmão.
Em entrevista ao portal Metrópoles, Allan Pereira, oncologista Clínico do Hospital Sírio-Libanês e chefe da Oncologia Clínica do Hospital de Base, explicou que “em pessoas saudáveis, nota-se uma pequena janela em figura de losango ou diamante, logo acima das unhas, pela qual passa a luz. Essa figura simplesmente não existe quando há o baqueteamento”.
Com o diagnostico precoce, Gemmell foi internado e operado. “Felizmente, meus gânglios estavam limpos. Foi tudo muito rápido, mas acredito que foi essa agilidade que salvou minha vida”.