A audiência de instrução e julgamento do caso conhecido como “Golpe do Pix” foi adiada novamente. As testemunhas seriam ouvidas nesta quinta-feira (22), no Fórum Criminal Desembargador Carlos Souto, em Sussuarana. Entre os réus estão os repórter Marcelo Castro e o editor Jamerson Oliveira, acusados de liderar o esquema criminoso que desviou mais de R$ 400 mil em doações feitas por telespectadores do programa “Balanço Geral”, da Record Bahia.
Conforme apurou o BNews, uma vítima chegou a passar mal após saber do adiamento da audiência. Ela foi atendida por equipes de saúde presentes no fórum.
A nova audiência foi marcada para o dia 18 de novembro. Na ocasião, de acordo com o juiz Waldir Viana Ribeiro Junior, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa de Salvador, serão ouvidas as testemunhas de acusação e defesa que restam se manifestar sobre o caso.
O magistrado ainda determinou a marcação de interrogatórios presenciais para o dia 25 de novembro, no fórum.
De acordo com a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA), os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira seriam líderes do grupo. Os comunicadores, hoje na TV Aratu, teriam se apropriado de R$ 407.143,78, o equivalente a 75% dos R$ 543.089,66 arrecadados em 12 campanhas para pessoas em situação de vulnerabilidade na televisão, quando eram funcionários da Rede Record Bahia.
A emissora então conduziu uma investigação interna e acionou as autoridades, o que levou à denúncia formal do MP-BA e a demissão dos envolvidos. A defesa dos réus nega as acusações. Eles respondem por crimes como apropriação indébita, lavagem de dinheiro e associação criminosa.